A STEINERT desenvolveu um conceito exclusivo de combinação de sensores chamado “classificação multisensor” ou STEINERT KSS. O sistema de classificação STEINERT KSS aplica esse conceito, combinando o sensor de transmissão de raios X com outras três opções de sensores adicionais (indução, laser 3D e colorido).
A Ferbasa opera uma das maiores minas de cromita do Brasil e é considerada pioneira no uso da tecnologia de classificação baseada em sensores (SBS). A empresa processa cromita obtida em mina subterrânea. O material extraído é pré-concentrado por meio de tecnologia de triagem que emprega sensores, e posteriormente é utilizado na produção de ligas de aço especializadas.
Com capacidade de processamento de 12 milhões de toneladas por ano, a empresa utiliza há 10 anos a triagem baseada em sensores, em um processo completamente seco que separa os resíduos da cromita de alto teor.
Eriberto Nascimento Leite, Diretor de Mineração da Ferbasa, acredita firmemente nesta “nova” tecnologia, que na verdade não é nada nova. A tecnologia já é familiar para quem já fez radiografias ou passou pela segurança de aeroportos. No entanto, esta é uma tecnologia completamente nova para o setor mineiro há 10 anos. Eriberto explica que a tecnologia SBS faz toda a diferença para a Ferbasa; isso permite que a empresa evite processamento desnecessário, separando antecipadamente uma fração do material de alta qualidade da alimentação do processo metalúrgico.
A vantagem disso é eliminar a necessidade de qualquer processamento adicional. Dessa forma, partículas que não são economicamente viáveis são eliminadas antecipadamente do processo. Este processo é conhecido como Pré-Concentração. A pré-concentração do material antecede processos de cominuição, que envolvem alto consumo de energia. Assim, apenas o material valioso passa por esse processo e segue para as etapas de concentração.
O beneficiamento refere-se a vários métodos ou processos que visam aumentar a concentração de minerais específicos através de métodos físicos e químicos. Simplificando, a pré-concentração melhora a produtividade geral de uma planta de processamento de minerais. Na Ferbasa, o uso da tecnologia de triagem baseada em sensores tem possibilitado o aumento da produção, além de reduzir custos nos processos subsequentes, como a trituração e o uso de insumos, como reagentes.
Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) e classificação baseada em sensores andam de mãos dadas
“Hoje, na Ferbasa, a tecnologia de triagem baseada em sensores nos ajuda a adotar práticas ESG, reduzindo desperdícios, maximizando a eficiência da produção e contribuindo para a conservação dos recursos naturais”, disse Eriberto Nascimento. Hoje em dia, não é apenas o minério extraído que é processado, mas também os estoques, que contêm quantidades consideráveis de cromo.
O tratamento dessas pilhas só é possível graças à automação do processo e aos seus elevados níveis de capacidade, que chegam a até 180 t/h.
O tratamento de estoques tem o potencial de aumentar a produtividade na mina. Em termos de utilização de recursos, existe potencial para reduzir o consumo de água, energia e reagentes químicos, principalmente porque a classificação baseada em sensores é um processo de separação a seco, ao contrário de outros processos de pré-concentração, como a separação de meios densos (DMS).
A Ferbasa sempre utilizou um processo de pré-concentração com o objetivo de separar o minério granulado, que possui alto teor de cromita, do minério de baixo teor que vai para a planta de concentração. No entanto, este costumava ser um processo de separação manual. Bartolomeu Fonseca, ex-gerente de processamento da Ferbasa, descobriu um artigo sobre a tecnologia de classificação baseada em sensores da STEINERT. Em 2012, preparou material para ser enviado para testes no centro de testes e desenvolvimento da STEINERT na Alemanha, e estes tiveram sucesso.
O primeiro sistema de classificação, STEINERT XRT, ainda está em operação – com 34.000 horas de operação
Há dez anos, quando o primeiro equipamento estava sendo instalado, os funcionários da Ferbasa estavam céticos quanto à sua capacidade de suportar as condições adversas da mina. É por isso que a STEINERT Latinoamericana, uma subsidiária da STEINERT GmbH na Alemanha, ofereceu um “acordo de teste e compra”.
Ao longo dos anos, foi verificado o alto nível de durabilidade do equipamento, resultando na primeira unidade ainda em operação, com um total de 34 mil horas de autonomia.
“Olhando para trás, não foi fácil aplicar a tecnologia, mas decidi seguir em frente porque acreditei que a tecnologia poderia ser eficaz. Agora, já reformado, tenho muito orgulho do legado que deixei à empresa”, afirmou Bartolomeu Fonseca.
“Tive todo o apoio do diretor de mineração da época, Wanderley Lins, mas era minha responsabilidade fazer dar certo.”
Em 2014, durante o comissionamento do primeiro sistema de classificação, STEINERT XSS-T, foram enfrentados muitos obstáculos – como é comum em projetos de inovação.
No entanto, como a STEINERT GmbH já havia estabelecido sua subsidiária Latinoamericana em Belo Horizonte e contratado técnicos de serviço para ajudar na instalação, a STEINERT Latinoamericana iniciou uma parceria com a Ferbasa.
A parceria da STEINERT com outras empresas tem sido fundamental para o desenvolvimento de novas soluções e tecnologias, contribuindo para a evolução da indústria e conservação do meio ambiente. Além disso, a empresa vem investindo em pesquisa e desenvolvimento para continuar oferecendo soluções cada vez mais eficientes e sustentáveis.