O Ministério dos Recursos Minerais e Energia e a empresa norueguesa Yara International assinaram segunda-feira, em Maputo, um memorando de entendimento para a produção de adubos a partir do gás natural extraído na bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, de acordo com um comunicado oficial.
Este acordo surge na sequência dos resultados de um concurso público internacional para a adjudicação de uma parcela do gás natural a ser futuramente extraído, tendo a Yara Internacional sido uma das três empresas vencedoras, em conjunto com a Shell e a GL Africa Energy.
A empresa norueguesa solicitou a adjudicação de 80 milhões a 90 milhões de pés cúbicos por dia para a produção anual de 1,2/1,3 milhões de toneladas de adubos (amoníaco e ureia) e 30 a 50 megawatts de energia eléctrica.
A nota ministerial recorda que o Plano Quinquenal do governo prevê a produção local de adubos, combustíveis e energia a partir do gás natural, visando reduzir as importações, aumentar as reservas em moeda estrangeira bem como a produtividade na agricultura e alargar a rede eléctrica do país.
De acordo com a informação divulgada pelo Instituto Nacional do Petróleo, a Shell Mozambique produzirá gasóleo e entre 50 a 80 megawatts de energia eléctrica e a GL Africa Energy, empresa do Quénia com sede em Londres, produzirá 250 megawatts de energia eléctrica a partir de gás natural.