Mais de 500 trabalhadores de uma mina de carvão em Moçambique pertencente a uma subsidiária de uma empresa indiana estão em greve há uma semana, informou a empresa em comunicado na terça-feira, prejudicando a produção de carvão em um momento de pico dos preços do carvão.
Os trabalhadores em greve, que representam cerca de 10% da força de trabalho de 5.300 pessoas na mina de Moatize, na província central de Tete, estão exigindo indenização da Vulcan após a compra da mina da mineradora brasileira Vale, disse Vulcan.
A Vale SA disse em dezembro que concordou em vender a mina em um acordo de US$ 270 milhões que incluía um corredor ferroviário conectado à Vulcan Minerals, uma subsidiária do Jindal Group, da Índia, de US$ 18 bilhões.
“Não houve destruição ou vandalismo de equipamentos da empresa ou particulares. No entanto, a greve não seguiu os trâmites legais, porque os grevistas não entregaram o aviso prévio”, disse Vulcan em comunicado.
O comunicado não disse quais medidas a empresa está tomando para resolver o problema e quando prevê o fim da greve, mas disse que responderá às reivindicações dos trabalhadores até 20 de maio.
“A Vulcan reforça seu objetivo de garantir a continuidade da operação de carvão no país”, disse, mas acrescentou que ainda não foi possível estimar a extensão do prejuízo financeiro devido à greve.
O Grupo Jindal de $ 18 bilhões também opera a mina de carvão Chirodzi na província de Tete, em Moçambique.