A TotalEnergies está se preparando para reiniciar seu projeto de LNG em Moçambique, avaliado em US$ 20 bilhões, enquanto o governo moçambicano se prepara para suspender a força maior em poucos dias, de acordo com fontes bem posicionadas. A decisão desbloquearia um dos maiores investimentos em energia da África, trazendo um novo impulso às ambições do país de se tornar um polo global de LNG.

O projeto, localizado na Península de Afungi, em Cabo Delgado, foi interrompido em 2021 após a escalada de ataques de militantes na região. Desde então, uma combinação de operações de segurança lideradas pelo governo e apoio internacional ajudou a estabilizar a área, criando condições para que a TotalEnergies e seus parceiros retomassem as atividades.

Observadores da indústria aguardam esse momento há meses. Em julho, o Diretor Executivo da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, sinalizou que a força maior poderia ser suspensa antes do final do verão. Mais recentemente, o Gerente Nacional da empresa, Maxime Rabilloud, afirmou: “Estamos nos preparando para suspender a força maior e estamos trabalhando arduamente para reiniciar o projeto”.

O projeto Mozambique LNG, projetado para produzir 13 milhões de toneladas de LNG anualmente, é um pilar da estratégia econômica do país. Com a expectativa de que a demanda global por gás permaneça forte, a retomada do projeto poderá revitalizar a confiança dos investidores, gerar milhares de empregos e restabelecer Moçambique como uma força competitiva no mercado de LNG.

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Fontes sugerem que Maputo está planejando um anúncio formal no final da próxima semana. Se confirmado, o reinício não só marcará o fim de uma suspensão de quatro anos, como também sinalizará o renascimento de um dos empreendimentos energéticos mais transformadores da África.

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