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Um incidente violento ocorreu na mina de rubis de Montepuez, no nordeste de Moçambique, no domingo, 20 de outubro, quando centenas de indivíduos invadiram o local. A mina, de propriedade do Grupo Gemfields, é um importante fornecedor global de rubis.

Segundo Sean Gilbertson, CEO da Gemfields, aproximadamente 300 pessoas invadiram um poço dentro da mina. A situação agravou-se, levando a confrontos com as forças de segurança. A polícia teria baleado dois indivíduos durante o confronto.

Mais tarde naquela noite, uma multidão estimada em cerca de 500 pessoas reuniu-se numa aldeia próxima, expressando a sua intenção de entrar na mina. Um falso boato, espalhado através de uma campanha de desinformação, alimentou esta reunião, alegando que a empresa tinha aberto a mina para mineração irrestrita durante 24 horas.

Gemfields negou veementemente a autenticidade desta afirmação, afirmando que era um boato fabricado promovido por sindicatos de contrabando de rubis. A empresa enfatizou que o incidente resultou de uma escalada de agressões e que o uso de armas de fogo pela polícia foi uma resposta à situação volátil.

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A mina de rubis de Montepuez contribui significativamente para o fornecimento global de rubis, respondendo por aproximadamente metade da produção mundial. O incidente ocorreu no meio de tensões políticas intensificadas em Moçambique, após as eleições gerais realizadas em 9 de Outubro. Várias organizações observadores internacionais levantaram preocupações relativamente à justiça e transparência do processo eleitoral.

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